Comércio ilegal de cigarros é flagrado no Brás

Durante uma semana, a equipe de reportagem do SPTV registrou o comércio ilegal de cigarro nas ruas do Brás, região central de São Paulo. Ambulantes vendem o produto contrabandeado do Paraguai em pacotes fechados e por um valor muito abaixo do mercado. O maço mais barato produzido pelas indústrias de tabaco no Brasil custa R$ 3,50, mas na feirinha do Brás os maços saem por até R$ 0,75.

A maior parte do cigarro ilegal que entra no país vem do Paraguai. A mercadoria passa pelo estado do Paraná e de Mato Grosso do Sul até chegar a cidade de São Paulo. Na feirinha do Brás, o produto quase sempre é vendido para pequenos comerciantes que revendem o cigarro na periferia, em pequenos bares e perto de estações do Metrô.

No início do mês, a polícia apreendeu cinco carretas carregadas com cigarro na região de Presidente Prudente, no Oeste do estado, e cinco homens foram presos. A PM também faz rondas na capital, mas os carros da corporação nem param. Os policiais passam e no mesmo instante o comércio ilegal volta ao normal. A feirinha do cigarro contrabandeado acontece à luz do dia e com hora marcada.





A fumaça do cigarro tem quase 5 mil substâncias tóxicas, com muitas delas cancerígenas. Os médicos do Hospital das Clínicas dizem que os cigarros falsificados são piores por conter maior quantidade de aditivos que aumentam a dependência dos consumidores.

“Por exemplo, você pode colocar mentol, algumas substâncias e mais ou menos amônia. Substâncias que vão facilitando a nicotina agir”, diz Ubiratan de Paula Santos, pneumologista do Instituto do Coração (Incor).

Além do risco à saúde, a venda de cigarro contrabandeado é um crime contra a economia. A Polícia Federal calcula que só no ano passado R$ 445 milhões deixaram de ser arrecadados com impostos que não foram pagos. A PF informou que tem feito várias operações em conjunto com a Polícia Militar para combater o contrabando de cigarros.

Fonte: G1