Geraldo de Souza Amorim, ex-administrador da Feirinha da Madrugada, no bairro do Brás, foi baleado dentro de casa, no domingo (18), em uma fazenda na zona rural de Tatuí, no interior de São Paulo, onde ele costuma passar os fins de semana.
De acordo com a polícia, três homens teriam invadido o local e durante a fuga houve uma troca de tiros. Três suspeitos foram presos, dois no próprio domingo e um nesta segunda-feira (19).
Amorim pediu afastamento do cargo e registrado um boletim de ocorrência porque estaria sofrendo ameaças sobre assuntos relacionados à feira. Ele foi transferido durante a madrugada desta segunda-feira (19) para o hospital Albert Einstein e está em estado grave.
Investigação
O empresário Geraldo de Souza Amorim acusa o deputado Milton Monti (PR-SP) de pedir propina para que ele pudesse continuar a comandar a feira. Amorim afirma ter relatado o problema a Valdemar Costa Neto, que preferiu não se envolver. O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados vai se reunir no dia 28 para a apresentação, leitura, discussão e votação do relatório preliminar do deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) sobre o processo disciplinar aberto contra Valdemar.
Seguindo as novas regras do Código de Ética, o parecer prévio analisará apenas a admissibilidade do processo – ou seja, se a representação apresentada pode ou não motivar o início de uma investigação, o que poderia resultar até em cassação. Se o conselho aceitar a representação, em seguida é aberto um prazo de 10 dias para que o acusado apresente sua defesa.
O processo contra Costa Neto foi iniciado por representação do PSOL e do PPS. Os dois partidos pediram a investigação do possível envolvimento do deputado com irregularidades no Ministério dos Transportes, comandado pelo PR, e com a suposta cobrança de propina de uma empresa que administrou a Feira da Madrugada, localizada em terreno da extinta Rede Ferroviária Federal, na capital paulista.
Fonte: R7