O Governo de São Paulo lançou hoje o maior programa de requalificação urbana e inclusão social do país com o anúncio de 20 mil moradias no centro expandido de São Paulo. As unidades serão viabilizadas por meio de PPP (Parceria Público-Privada). Famílias com renda até cinco salários mínimos terão prioridade no atendimento.
A proposta é a de garantir a casa própria e aproximar os moradores, especialmente os de menor renda, do seu local de trabalho. “Trazer de volta as pessoas para morarem na região central onde está 1/5 praticamente dos empregos da cidade de São Paulo, diminuindo deslocamento e recuperando o centro da cidade”, afirmou o governador Geraldo Alckmin.
Segundo o secretário da Habitação, Silvio Torres, o empreendimento segue um modelo ousado e inédito. “Hoje é a consolidação desse novo modelo em que o Estado de São Paulo entra com recursos e consegue viabilizar por meio da iniciativa privada uma quantidade considerável de moradias”, detalhou.
Investimento
O investimento total nos conjuntos habitacionais será de R$ 4,6 bilhões, sendo R$ 2,6 bilhões da iniciativa privada. A contrapartida do Governo do Estado, a fundo perdido, será de R$ 1,6 bilhão. Num convênio a ser firmado com o Estado, a Prefeitura de São Paulo deve apoiar o projeto com R$ 404 milhões, média de R$ 20 mil por unidade habitacional.
A estratégia de ação da nova PPP será a utilização de imóveis subutilizados nos bairros e nas áreas contíguas às linhas férreas, corredores de transporte e grandes avenidas centrais. As moradias serão construídas nos distritos da Sé e República e em bairros como Brás, Bela Vista, Barra Funda, Belém, Bom Retiro, Cambuci, Liberdade, Mooca, Pari, Santa Cecília, Glicério, Celso Garcia e adjacências. O maior número de unidades habitacionais – 7.076 – deve estar concentrado nos bairros da Barra Funda, Santa Cecília, bairro do Pari e Bom Retiro.
A Parceria Público-Privada da área central nasceu da identificação da enorme subutilização de imóveis no bairro do Brás e da ociosidade da infraestrutura urbana na região central da capital, diagnosticada pela agência de fomento habitacional Casa Paulista, da Secretaria da Habitação.
Após prazos de apresentação e análise das propostas, o edital de licitação deverá ser publicado em maio. A previsão é de contratação das empresas em outubro deste ano. Os empreendimentos devem ser finalizados em prazos entre dois e seis anos.
Fonte: Portal do Governo do Estado